Sínodo Sudeste



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ID: 18

LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE

11/06/2015

Certa vez, num projeto de missão no Nordeste Brasileiro, uma pessoa da nossa Igreja foi convidar uma família que não era luterana para participar do culto. A primeira pergunta da pessoa da família convidada foi:

- “E o que sua Igreja proíbe fazer?”

- “Nada”, foi a resposta.

A segunda pergunta foi:

- “E quanto sua Igreja cobra?”

- “Nada”, foi de novo a resposta. “Nós pedimos que cada um contribua com aquilo que pode para a obra da Igreja.”

Este exemplo nos mostra a liberdade que existe em nossa Igreja. Aliás, nossa Igreja luterana é conhecida justamente pela liberdade que oferece para seus membros. Nada é a priori proibido. Não existe uma lista de coisas que não se pode fazer e uma lista de coisas que se tem que fazer.

O que nós fazemos é pregar a Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo, e ele nos diz o que podemos e não podemos fazer. E aceita o que Jesus propõe, aceita o convite de Jesus aquele que quer. Jesus não obriga ninguém a segui-lo, não obriga ninguém a crer nele.

Em nossa Igreja, nenhum valor financeiro é cobrado de forma impositiva e obrigatória. O que se pede é a oferta espontânea de todos para o bem comum da Comunidade e para que o Evangelho possa continuar a ser pregado. Agimos de acordo com o que Paulo recomenda no Novo Testamento em 2 Coríntios 9.7: “Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”

E esta nossa maneira de proceder é inspirada e baseada na Sagrada Escritura, como podemos ver de forma clara nos textos de Apocalipse 3.20 e Lucas 13.34:

Apocalipse 3.20: Jesus diz: “Escutem: estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.” Jesus bate à porta – e espera a resposta de quem está dentro de casa. Espera que aquele que está dentro de casa abra a porta para que ele possa entrar. Jesus não entra à força, não arromba a porta, nem entra furtivamente como um ladrão. Esta frase de Jesus deu inclusive origem a um quadro muito famoso que vemos aqui projetado, onde Jesus está à frente da porta, aguardando o convite para entrar. E observem que esta porta NÃO TEM TRINCO PELO LADO DE FORA.

E em Lucas 13.34, Jesus também diz: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes quis eu abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram.” Jesus usa uma ilustração da natureza, de uma galinha que ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas. E o modo, a maneira como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas é CHAMANDO. Ela não tem mão ou boca para agarrar ou morder, levando à força. Vem aquele que quer, aquele que ouve o chamado.

Assim, nós, como Igreja Luterana, fazemos como o Evangelho de Jesus Cristo recomenda: não obrigamos ninguém a nada. Apenas anunciamos a Palavra de Deus, escrita na Sagrada Escritura e pedimos que todos aqueles que creem a sigam.
Nós sabemos que existem pessoas que lidam mal com tanta liberdade. Foram acostumadas a obedecer ordens, e não conseguem agir com autonomia; precisam que alguém diga que o que estão fazendo está certo ou está errado. Se não for dito de cima para baixo, sentem-se inseguras.

Já outras pessoas acham que a própria Igreja não leva a sério o que prega, pois não exige nada. Como consequência, fazem de conta que são pessoas comprometidas, mas se “atiram nas cordas”, agindo de forma irresponsável diante de Deus e da Comunidade, acomodam-se em seu individualismo.

Mas, desde o Culto Infantil, passando pelo Ensino Confirmatório, a Juventude, a OASE, os Estudos Bíblicos, os Grupos de Casais, os Idosos e outros grupos, todos aprenderam e sabem que a liberdade que nossa Igreja dá é medida e limitada pela Palavra de Deus. 

Nós dizemos e ensinamos que cada pessoa foi chamada para viver uma vida com dignidade, com responsabilidade e com justiça. Ensinamos que a consequência lógica do ser cristão é o dedicar-se, participar, engajar-se na Igreja e na sociedade para atuar em favor dos que necessitam. Jamais comodismo ou ausência de participação e responsabilidade.
Vivamos, pois, esta liberdade que nós temos com responsabilidade e a consequência será uma qualidade de vida melhor para todas as pessoas, qualidade de vida que ultrapassa todas as limitações, inclusive as impostas pela morte, pois, em Cristo vencemos a limitação que a morte nos impõe com a esperança e a certeza da ressurreição e vida eterna.
 


Autor(a): P. Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 33682

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