Sínodo Planalto Rio-Grandense



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ID: 15

Jesus é o Senhor

20/04/2010


"Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus."
(Salmos 90.2)

Um dos textos bíblicos das senhas diárias para o dia 26 de Abril, diz: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus PAI” (Filipenses 2.9,10-11).

Confessar o nome de Jesus como Senhor! No mundo de hoje, cercado por tantas vozes, quais seriam as implicações para essa afirmativa bíblica? Um mundo que apresenta um crescimento da religiosidade e uma decadência da centralidade da fé. O bom, bonito e moderno se apresenta como: posso crer em tudo, tudo me faz bem, posso ser budista, espírita e cristão ao mesmo tempo. Essa mentalidade ou diria religiosidade crescente impacta grupos e inclusive já se aproximou das comunidades luteranas. Resta-nos meditar mais vezes sobre a frase bíblica: “confesse que Jesus é o Senhor”.

Os luteranos são por natureza abertos ao diálogo com as diversas religiões e expressões de fé, tanto é que a IECLB em alguns de seus posicionamentos menciona claramente o ecumenismo e o macro-ecumenismo na ação conjunta pela ordem, justiça e paz da sociedade, assim como estimula o diálogo sobre Deus. No entanto, tal abertura, não resulta no “posso crer em tudo um pouco”.

Os cristãos luteranos afirmam a centralidade de sua fé na salvação e na vida plena que Cristo nos ofereceu e sob este alicerce construíram sua identidade ao longo dos séculos. É a herança que as primeiras comunidades cristãs nos confiaram. Uma herança valiosa que retrata e une milhares de povos e culturas em todas as partes da terra. Atualmente, um bom exemplo é a confissão pública do credo apostólico nas celebrações dominicais. Nela confessamos o fundamento de nossa fé e nos unimos na mesma esperança, como irmãos e irmãs aqui no Brasil, na China, na África, no Canadá, em todos os cantos do planeta onde há pessoas dizendo: “Creio em Deus Pai...”.

Quanto ao dobrar-se de Joelhos, a meu ver, é assumir uma postura fiel, de respeito e amor ao Senhor da Igreja. Dobrar-se é se tornar humilde ao Pai e reconhecer que sua graça é conosco, um meio de reconciliação e proximidade. É ter intimidade com Deus, convivência e desfrutar do seu amparo. Agora o dobrar-se de joelhos pode vir a questionar a nossa existência, os nossos pecados diários e tudo aquilo que nos torna fracos diante de Deus. Será que dobraremos os nossos joelhos? Queremos ter essa intimidade ou humildade?

Diante de tantos outros acontecimentos que marcam nossa vida social, como as mudanças climáticas e as constantes catástrofes naturais nós suplicamos: é tempo de ajoelhar-se, redimir-se como povo de Deus e buscar alternativas para o cuidado de nosso planeta. É tempo de curvar-se e meditar sobre a vida, não apenas a nossa, mas de toda criação.

O cristianismo pelos dados da revista norte-americana Religious Science que entrevistou milhares de pessoas foi classificado como uma religião pouco exigente. Portanto, muitos são os que migram para outras filosofias de vida onde se sentem mais cobrados. É lamentável quando não vemos que uma das características mais evidentes e acolhedoras do cristianismo é nos oferecer tamanha liberdade que não se expressa em altos níveis de exigência. É algo que contraria a lógica que estamos habituados no mundo capitalista e da competitividade. Uma liberdade que quando bem interpretada não procura moldar as pessoas, torná-las bonecos, mas chama ao compromisso diário da fé e está por sua vez decorre em boas ações.

Confessemos que Jesus Cristo é Senhor, ontem, hoje e sempre! Nessa certeza encontramos sentido para nossa vida e o fundamento de nossa fé. Lembrando que jamais teremos a intenção de nos distanciarmos de outros grupos que pensam diferente de nós. Continuaremos abertos ao diálogo, com convicção de quem somos e o que cremos. Quando alguém nos perguntar o motivo de sermos cristãos luteranos? Nossa resposta jamais deveria se resumir em “há nasci nessa Igreja”. Somos cristãos luteranos, entre tantas vozes, temos muito a testemunhar. Que a glória de Deus Pai nos acompanhe nos caminhos da vida. Amém.

P. Sidnei Budke
Tapejara - RS


Autor(a): Sínodo Planalto Rio-grandense
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7736

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Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.
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