Antigamente as pessoas tomavam banho com sabão caseiro. Era usado dos pés à cabeça. Mais adiante, surgiu o sabão industrial. Lembro-me da minha infância, onde nas prateleiras do mercado já havia sabão comum, de coco e de glicerina. Depois apareceu uma infinidade de sabonetes, xampus, condicionadores, cremes e óleos. Hoje, o “sujeito” fica meio “sem jeito” diante de tantas opções que o mercado coloca diante dos seus olhos para um bom banho. Na verdade, o antigo sabão cumpria a sua missão. Hoje, ficamos na dúvida sobre o melhor produto e/ou marca. Algumas pessoas continuam bem tradicionais, outras vão pelo preço, outras ainda vão testando as ofertas, deixando-se levar pela propaganda. Concluo que investimos uma soma razoável de tempo e recursos em “cheirinhos” superficiais. Comparo tal situação com ao mercado religioso. Antigamente - ao menos aqui no sul - dum lado da praça havia a igreja católica, doutro a luterana. Havia relativa harmonia entre os fiéis. Décadas depois, apareceram os “crentes”, dizendo que os outros não eram “tão crentes”, afirmando que só gente grande “com fé” se deixa batizar. Dividiu e classificou o povo. Com o tempo, entre os crentes, surgiram os “mais crentes”. Eram novas denominações que desqualificavam as anteriores, exigindo novo Batismo. Assim, avolumaram-se as divisões. O processo, nos últimos tempos, acelerou-se. Basta dar uma voltinha nos bairros de Garuva, onde encontramos igreja disso, capela daquilo, ponto de pregação de lá, congregação daqui, ministério não sei das quantas... Pastores, ministros, missionários, bispos sem história e sem formação adequada, que usam a Palavra de Deus ao bel prazer. O povo é dividido. As famílias são divididas. Em última análise me pergunto se a preocupação de tais fomentadores de divisão está de fato na salvação ou em arrecadar e ter influência sobre as pessoas. Tal momento histórico me lembra um produto lançado na década de 80, que fez um sucesso tremendo: DENOREX, que tinha como lema: Parece, mas não é!