A festa anual é tradicional em praticamente todas as comunidades luteranas. Com o tempo, porém, surgiram algumas necessidades, que exigiram reflexão e mudança.
Primeiro, observamos o desgaste, principalmente do Presbitério, na preparação e execução da festa. Poucas pessoas, fazendo muitas coisas. Semanas de dedicação, que alteravam a rotina pessoal, familiar e profissional das pessoas envolvidas. Segundo, a partir do incêndio em Santa Maria/RS, acentuou-se a preocupação com a segurança. Terceiro, com a regra “Beba, mas não dirija”, como de sã consciência poderíamos oferecer bebida alcoólica? Então, já no ano passado, testamos um “novo jeito” de fazer a Festa Comunitária, que foi aprimorado neste ano.
Primeiro, como nossa Comunidade está dividida em regiões, coube a cada uma delas a execução de determinada tarefa: (1) organizar o salão antes da festa, (2) preparar do almoço, (3) assar e servir da carne, (4) preparar e servir o café com cuca, (5) lavar a louça e (6) organizar o salão após a festa. Cada tarefa tinha um responsável que montou a equipe na sua região. Segundo, o objetivo principal deixou de ser a arrecadação financeira. Sabemos, sim, que ela é necessária, mas não precisa ser a nossa motivação principal. Antes, desejávamos ter “muitas” pessoas, agora as pessoas “certas”. O novo jeito objetivou atrair os “membros” e “amigos” da Comunidade para exercitar a comunhão: celebrar, dialogar, conviver, brincar... Todos os membros receberam uma carta-convite explicando os objetivos. Os “amigos” foram convidados verbalmente. Todos receberam um envelope que possibilitava uma oferta espontânea. Terceiro, o almoço foi servido “gratuitamente”. Eram 3 tipos de carnes, saladas e complementos. Os litrões foram postos sobre as mesas. Comer e beber à vontade, de “graça”... E, ainda, após o almoço, um café com cuca. Para divertir a turma, uma rifinha vendida na hora. Para fechar a festa, uma pelada de futebol: Solteiros X Casados.
Com certeza, muitos irão perguntar: Houve o lucro? Financeiramente a arrecadação foi semelhante aos anos anteriores. Mas, com certeza, o envolvimento de mais pessoas, o desgaste menor do Presbitério, a comunhão de mesa entre aqueles que têm mais e menos, a oportunidade de sentar junto para conversar e brincar... Aí está o lucro maior.
Outras particularidades deste ano foram... Como convidado especial, vieram o Pastor Sigfrid (Fortaleza/Blumenau), sua esposa Regina e o filho João Gabriel. Ele exerceu seu primeiro pastorado na Paróquia de Rio Bonito, à qual Garuva integrava na época. Ele pregou sobre o encontro de Jesus com os discípulos no “Caminho de Emaús” (Lucas 24. 13-35). Conduzindo o louvor no Culto, o Grupo “Milagre” de Pirabeiraba. Após o Culto, Dorival Todt (presidente) apresentou à Comunidade os investimentos feitos no Cemitério Luterano, que foi cercado.
Nossa gratidão a todos que ajudaram na festa... Nossa gratidão a todos que prestigiaram a festa... Nossa gratidão a Deus, que nos presenteia com a criatividade e capacidade de “mudar”, crescendo e servindo melhor...
