Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Aliança

Sínodo Espírito Santo a Belém



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ID: 103

LUTERO VIVE NO BRASIL - A CELEBRAÇÃO DA REFORMA NOS 200 ANOS DE PRESENÇA LUTERANA E 151 ANOS EM SANTA MARIA DE JETIBÁ

Culto Paroquial da Reforma

31/10/2023

Culto Paroquial da Reforma
Culto Paroquial da Reforma
Culto Paroquial da Reforma
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Culto Paroquial da Reforma
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Culto Paroquial da Reforma
Culto Paroquial da Reforma
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Culto Paroquial da Reforma
Culto Paroquial da Reforma
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Conforme a tradição, no dia 31 de outubro foi celebrado culto paroquial da Reforma na Paróquia Aliança. Esse ano aconteceu na comunidade Martim Lutero, no Rio das Pedras. Primeiramente todos/as foram acolhidos pela crença fundamental da fé luterana: “a minha graça é o que basta para você, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9).

No culto, a viva voz do evangelho se fez presente com os dons musicais dos grupos de canto da paróquia: Grupo Louvai, Coral Martim Lutero, Grupo Novo Horizonte e grupo A semente, que apresentaram lindas canções. Não pode faltar o famoso hino de Lutero “Deus é Castelo Forte”.

A mensagem se baseou no texto de Gálatas 5.1-11, que fala sobre a libertação que Cristo deu a todas as pessoas. Nos cultos da Reforma deste ano estamos inaugurando as comemorações pelos 200 anos de presença luterana no Brasil. De agora em diante, até o próximo ano, certamente teremos muitos momentos e encontros especiais para lembrar destes 2 séculos de presença luterana no Brasil. E no nosso contexto, 151 anos de presença luterana em Santa Maria de Jetibá, onde Belém é berço da imigração pomerana com a chegada das primeiras famílias em dezembro de 1972.

Diante dessa data marcante, costumeiramente nos perguntamos o significado de ser luterano no Brasil. A primeira resposta que vem à mente é o fato de que os luteranos estão nas terras brasileiras por causa da imigração alemã. Nossos antepassados trouxeram a fé luterana e o jeito de vive-la junto com sonhos e expectativas de um lar que pudesse dar condições boas de vida. Uma terra que os acolhesse e os proporcionasse viver em liberdade.

Bem, essa história já ouvimos muitas vezes. Além de ser uma fé predominantemente de descendentes de alemães e pomeranos, há mais características que definem o que é ser luterano? Ao ouvir as palavras do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas, imediatamente nos damos conta que LIBERDADE é muito importante para os luteranos e luteranas. Para ser luterano não é necessário ter um monte de regras de comportamento. Doutrinas que dizem o que a pessoa pode ou não vestir. Ou regras que dizem que é proibido beber, dançar, nos relacionar com esta ou com aquela pessoa. Somos livres para conduzir nossa vida de acordo com os ensinamentos que aprendemos em família. Com os ensinamentos do evangelho.

Ser luterano, portanto, significa viver em liberdade. Lutero entendeu que a liberdade era tão importante, porque ele se sentia preso. Preso pelo pecado. Pela maldade que há no ser humano.

E nos dias de hoje podemos dizer que somos completamente livres? Vocês são pessoas livres? Livres para fazer de tudo e a nada são sujeitados? Ou ainda, podemos fazer essa pergunta de outra forma: o que nos limita a liberdade? O que nos aprisiona? Que situações e sentimentos vivenciamos na vida que nos fazem sentir presos? Os nossos medos, limitações e fragilidades certamente contribuem para nos sentirmos presos.

Presos com medo da violência do mundo; podemos estar presos com sentimentos difíceis como o da dor da perda de pessoas; presos por conta de dívidas; ou por causa do trabalho difícil; por dificuldades familiares ou com doenças na família. Aprisionado pela culpa.

Na nossa sociedade ainda há aqueles e aquelas que são aprisionadas em relações abusivas de violência. Presas a ideia de que serão felizes porque tem coisas e podem comprar. Presas pela aparência que o dinheiro pode dar. Ou ainda, presas pela falta de dinheiro, que não lhes permite ter comida, casa, roupas nem lazer.

Trouxe esta corda para simbolizar todas as coisas que nos amarram e aprisionam (pedir para alguém amarrar as mãos bem amarradas). E aí vem a questão mais importante: Como podemos nos libertar? Será que sozinho consigo me libertar desta corda? Vou tentar! Não consigo sozinho (pedir ajudar para soltar as mãos)

A partir daquilo que nos fala o apóstolo Paulo: foi Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, só posso realmente me libertar através da graça do amor de Jesus Cristo. Somente Cristo pode nos conceder a verdadeira liberdade. Lutero descobriu isso quando entendeu que era preso. Sim, aprisionado pela ideia de que poderia se soltar sozinho. Que dependia dele para se libertar.

Algumas pessoas da comunidade de gálatas também achavam que para ser cristão era preciso se circuncidar. Isto significa que para Jesus libertar as pessoas precisavam fazer algo antes. Ou seja, aquelas pessoas duvidavam do poder de Jesus Cristo. Entendiam que era preciso ajudar Ele para ter libertação.

A fé luterana nos dá a certeza de que é Jesus Cristo que nos liberta, pois a libertação é gratuita. Não depende de nós. Eu também precisei da ajuda para me desamarrar. Ninguém se liberta sozinho. Necessitamos da ação de Deus, do Seu Espírito Santo para entender nossas dores e nos fazer sentir livres. E essa mensagem de que é Deus quem nos concede liberdade por meio de seu amor gratuito é profundamente libertadora. Somos pessoas frágeis e limitadas. A fé neste Deus amoroso que nos fortalece nos faz compreender melhor nossa missão neste mundo. A missão de viver a liberdade em amor.

O que se exige de nós é reconhecer que a liberdade vem de Deus, é LIBERTAÇÃO. A partir disso, nós como comunidade cristã nos reunimos. E também nos fortalecemos enquanto pessoas e como comunidade. Porque somos libertos, podemos tomar a decisão de vir hoje neste culto e compartilharmos este momento em comunidade. Porque somos libertos pela fé podemos doar nossos dons para a comunidade. Por sermos plenamente livres e a ninguém sujeito, voluntariamente nos tornamos servos. Nos colocamos a serviço do amor e da graça de Deus. Por entender a liberdade desta maneira, a nossa igreja se dedica a viver a mensagem libertadora de Jesus através do serviço e do cuidado às pessoas.

Porque somos livres procuramos estar ao lado dos pobres, dos que sofrem, dos que choram, dos que são humildes, dos que tem sede e fome de justiça. Porque justamente aonde as pessoas estão aprisionadas pela injustiça do mundo, a libertação de Jesus Cristo se faz presente. Ali onde não há paz, devemos buscar a paz, assim como Jesus nos ensina com as bem-aventuranças. Felizes não são aqueles e aquelas que tem o poder para fazer o que querem, mas aquelas que buscam a justiça. Que tem sede de liberdade.

Por isso, ser luterano não é achar que a liberdade só acontece quando faço o que é bom para mim. Não é liberdade para as coisas acontecerem do meu jeito. Mas é livremente buscar acolher as pessoas. Se fazer servo e ajudar as pessoas que mais precisam. Defender causas de liberdade que não são os meus desejos, aquilo que é bom para mim, mas as necessidades dos outros.

Se a gente se orgulha de ser luterano, de ser luterana, da fé que liberta, que o Espírito de Deus sopre em cada um de nós, sopre sobre nossas comunidades, o vento do amor, da acolhida, do cuidado. Que possamos permanecer na liberdade de ser igreja que testemunha o amor de Deus, e que está ao lado dos que precisam ser libertos e acolhidos em suas dores e aflições. Que livremente continuemos a viver a comunhão e a liberdade que só existe quando as outras pessoas também são livres.

Inspirados pela mensagem de liberdade e de serviço, o culto se encerrou com as doações de farinha de trigo e óleo para o “Mês do Bem” da JE para o Hospital Evangélico de Vila Velha. E a comunhão de mesa com delicioso almoço, para que todos/as pudessem voltar para sua casa cheios de fé e fortalecidos pelo convívio.

 

Texto: Pastor Willian Kaiser de Oliveira
Fotos e Vídeo: Valdir Baebler e Clarice Bausen


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