Um velho livro...

04/10/2015

Pedro trabalha numa pedreira. Passava o dia cortando pedras. Mas, sonhava ser algo mais. Sonhava conhecer o mundo e ajudar outras pessoas. Certo dia bateu à sua porta um viajante que vendia utensílios de segunda mão. Dentre os vários objetos que viu, Pedro interessou-se tão somente por um livro muito velho, de capa de couro, escrito num idioma que ele não conhecia. O mercador assegurou tratar-se de um livro que continha os segredos de um grande tesouro escondido na antiguidade. Ele mesmo, muito já havia tentado desvendar tal mistério, todavia sem sucesso. Pedro comprou o livro não pelas histórias do mercador, mas porque achou que poderia ganhar algum dinheiro ao revendê-lo. À noite, entediado, decidiu examinar melhor o livro. Por mais que lesse, nada entendia. Partiu, então, a procura de alguém que lhe ensinasse aquele idioma estranho. Encontrou um velho. Voltou a estudar. Pelo uso, a capa do livro esfolou ainda mais e a brochura se arrebentou. Procurou um livreiro que lhe ensinou a restaurar livros. Encontrou, entre as linhas do livro, muitos número e cálculos. Como sempre foi péssimo aluno de matemática, procurou um antigo amigo da escola. A amizade ressurgiu e, com dedicação, aprendeu os cálculos. Por fim, após anos desistiu de revender o livro. Afinal, se ali estivesse o segredo de um tesouro ainda não revelado, não iria desperdiçar esta oportunidade única que bateu à sua porta. Dedicou-se por anos, sem desistir, nem se cansar. Queria entender plenamente o conteúdo do livro, que pouco a pouco se abria diante dos seus olhos. Certo dia um mensageiro real lhe trouxe uma convocação: O velho mestre falecera. Agora ele era último conhecer do tal idioma que aprecia no livro. O rei precisa do seu apoio, pelo que seria muito bem recompensado. Atendeu de imediato a convocação, mas teve que deixar sua profissão de cortador de pedras, pois não queria parar de estudar, muito menos deixar o rei na mão. Construiu uma pequena cabana próxima ao castelo, para não perder muito tempo se deslocando. Como o livro tinha, além dos cálculos e números, algumas gravuras enveredou-se também nos estudos de história, filosofia, física e botânica. Em breve, também foi requisitado pela coorte para efetuar cálculos complicados em grandes edificações. Ganhou muito dinheiro e se tornou uma pessoa notória na região. Até a morte, nunca parou de estudar, nem de tentar decifrar seu estimado livro. Leia Provérbios 3.14-16.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Testamento: Antigo / Livro: Provérbios / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 14 / Versículo Final: 16
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 35279
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