Anita era conhecida na vizinhança como ‘rabugenta’. Não cumprimentava ninguém. Não tinha amigos. Estava sempre de mal humor. Poucos vizinhos se arriscavam em puxar conversa. Certo dia, um deles escutou gemidos vindos da casa. Olinda – a vizinha que morava doutro lado da rua - resolveu verificar a situação, entrando pelos fundos. Da cozinha, ouviu uma voz cheia de raiva, questionando: O que você veio fazer aqui? Quando viu a mulher se contorcendo com dores, preparou um chá e, em seguida, encaminhou-a ao Pronto Atendimento. No dia seguinte, retiraram a vesícula dela. No hospital, algumas mulheres da vizinhança foram visita-la, menos aquela que a socorreu. Anita notou e estranhou. Ao retornar para casa, fez questão de chama-la à sua casa. Preparou um chá e perguntou: Afinal, por que você me ajudou e depois não quis me ver no hospital? Olinda sutilmente argumentou: Você lembra qual foi a pergunta que me fez quando vim lhe ajudar? Gostaria agora que você mesma desse uma resposta à questão: O que é que você veio fazer aqui neste mundo? A história da Anita nos faz refletir sobre o nosso dia a dia, onde encontramos todo tipo de gente. Há aqueles que parecem ter um ‘rei’ na barriga. Acham que tudo gira em torno deles. Também, há quem acha que não precisa de ninguém. Tenta se virar por conta própria. Na verdade, Deus nos criou para o exercício do amor mútuo. Para finalizar... Anita escutou com atenção sua vizinha e decidiu mudar. Os vizinhos se alegraram. Olinda deu graças a Deus pelo milagre alcançado. Reza o ditado: Há males que vem para o bem!
De 2022, “Nova Criatura” com a Banda Som e Louvor.
