Cuidado com a Criação



ID: 2691

Riqueza, pobreza e ecologia no FSM

23/01/2007


O Kasarani Sport Park, que fica no centro de Nairobi, foi transformado no espaço Fórum Social Mundial. Ali acontecem as oficinas, em pequenas salas montadas com lona para proteger do sol. Ao redor do estádio, junto com diversas tendas coloridas, ficam os estandes das organizações, entre os quais o da Coalizão Ecumênica.   

Mulheres africanas de povos tradicionais marcam sua presença

“São muitas as atividades acontecendo ao mesmo tempo”, conta Angelique van Zeeland, assessora programática da Fundação Luterana de Diaconia, que participa no FSM através da Coalizão Ecumênica, representando também a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB. “Participei hoje (dia 21 de janeiro, domingo) de duas atividades organizadas pelo Conselho Mundial das Igrejas – CMI. A primeira foi a oficina Crenças Diferentes, Lutas em Comum, Solidariedade frente ao Império e à Guerra. Entre os palestrantes, havia pessoas de todos os continentes e religiões, entre os quais Deenabandhu Manchala, do CMI, que falou sobre as tradições culturais e religiosas da Índia, e Farid Esack, da África do Sul, que relatou sobre a participação dos muçulmanos na luta contra o apartheid junto com as outras igrejas. Da mesma oficina, participaram Nancy Cardoso, do Brasil, Alejandro Bendana, da Nicaragua, Kim Yong-hock, da Coréia do Sul, Ulrich Duchrow, da Alemanha e o ex-presidente de Zâmbia, Kenneth Kaunda.À tarde, optei pela oficina Riqueza, Pobreza e Ecologia, também promoção do CMI, com a participação da Lapapan Supamanta, da Tailândia que falou sobre a perspectiva budista de não tolerar uma sociedade com tantas diferenças – minorias tão ricas e maiorias tão pobres. Conforme Supamanta, dividir e compartilhar é a fonte da paz. Na ocasião, falaram também o bispo Mvume Dandala, secretário geral da Conferência de Igrejas de Toda África (All Africa Council of Churches – AACC), ministra Marjorie Ngaunje de Malawi, Ulrich Duchrow da Alemanha, reverendo Philip Woods da Inglaterra, Birgit Weinbrenner, da Oikocredit da Holanda, John Yones, da Noruega, e Marcos Arruda, do Brasil – que abordou as questões da Economia Solidária.A revolução verde também foi tema de discussão com a cientista e ativista ambiental Vandana Shiva, da India, que alertou: se produz mais comida preservando a diversidade e trabalhando com pequenos/as agricultrores/as – e não destruindo a diversidade. De acordo com a cientista indiana, pesquisas mostram que a agricultura orgânica e ecológica é muito mais produtiva do que a agricultura que utiliza agrotóxicos e transgênicos.De lado de fora do estádio e na frente dos estandes aconteceram muitas passeatas coloridas, de mulheres que trabalham com prevenção da HIV/AIDS, mulheres de povos africanos tradicionais, com vestidos e colares muito coloridos, e os dalits da India. Jovens de projetos sociais das favelas de Nairobi apresentaram danças, músicas e acrobacias - protestos e afirmações coloridas e musicais de que um outro mundo e possível.” 

Jovens que trabalham com projetos sociais em Nairobi apresentam danças

O Fórum Social Mundial acontece de 20 a 25 de janeiro de 2007, em Nairobi, no Quênia. A Coalizão Ecumênica, que congrega instituições ligadas a igrejas e participa desde o primeiro Fórum Social Mundial no Brasil, também está presente – sob a organização do Conselho Mundial de Igrejas, através do All Africa Conference of  Churches e Caritas Ecumenical Platform. O objetivo é garantir uma presença ecumênica significativa e visível no evento. Entre os participantes da Coalizão Ecumênica estão a Federação Luterana Mundial, a Aliança Reformada Mundial, a Aliança Ecumênica de Ação Mundial, Frontier Internship in Mission (FIM), Pax Romana, a Associação Cristã de Moços e a Associação Cristã de Moças, APRODEV (uma rede de organizações protestantes), CIDSE (uma aliança internacional de organismos católicos romanos ligados ao desenvolvimento) e o Fórum Ecumênico Brasil.   Para o VII Fórum Social Mundial, o Conselho Mundial de Igrejas e seus parceiros organizaram eventos relativos a temas como riqueza, pobreza e ecologia; agricultura que promove a vida; água, meio-ambiente e mudanças climáticas; dívida ecológica; e a responsabilidade de proteger.
 
(Fontes: Angelique van Zeeland/Susanne Buchweitz)


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