Cuidado com a Criação



ID: 2691

Galo Verde realiza primeiro seminário em Blumenau

07/09/2013

Emilio Voigt_Galo Verde
Participantes do Seminario Galo Verde
Participantes_Galo Verde 2
Participantes_Galo Verde
Wolfgang Schuerger_Galo Verde 2
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“A CRIAÇÃO é de Deus. A Responsabilidade é Nossa”, foi o tema geral do primeiro seminário do Programa Ambiental Galo Verde. O encontro reuniu 30 participantes dos sínodos Vale do Itajaí, Norte Catarinense e Centro-Sul Catarinense, bem como participantes da Igreja Católica Romana e da Igreja Evangélica Luterana do Brasil-IELB no dia 7 de setembro, no auditório do SENAI de Blumenau (SC).

O encontro teve a participação especial do pastor Wolfgang Schuerger, responsável pelo programa ambiental da Igreja Luterana na Baviera-Alemanha. Schuerger apresentou aos participantes um amplo panorama sobre as ações do Der Grüne Hahn (Galo Verde), atuante em cerca de 200 comunidades da Baviera e 500 em toda a Alemanha.

Logo após a abertura do encontro – feita pelo pastor Clovis Horst Lindner e seguida de reflexão do pastor sinodal Breno Carlos Willrich, do Sínodo Vale do Itajaí –, o professor Rodrigo Afonso Debortoli apresentou o SENAI de Blumenau. Segundo o professor, a deseja a parceria com o Programa Ambiental Galo Verde. A experiência acumulada pelo SENAI desde 1994 com a implantação do Núcleo Ambiental, voltado para a indústria e com ênfase na formação de técnicos e tecnólogos ambientais, a instituição oferece suporte técnico.

Teologia ambiental – O pastor Dr. Emílio Voigt, assessor de formação do sínodo, apresentou a primeira palestra do dia, trazendo a abordagem teológica do desafio de cuidar da Criação a partir da fé. “Nós não precisaríamos de argumentos bíblicos para defender a natureza. Como cristãos, temos princípios e responsabilidades”, enfatizou.

Antes, segundo o teólogo, é possível fazer uma leitura equivocada dos textos bíblicos da criação, que falam de domínio, e do Apocalipse, que afirma que céu e terra passarão e tudo será novo. “Em ambos os casos é possível usar a bíblia para justificar a destruição ambiental”, disse Voigt.

“Os princípios bíblicos para a preservação ambiental estão nos relatos da criação”, segundo o pastor. “A confissão de que Deus criou tudo, que sua obra é boa, que a terra não é da humanidade mas de Deus e que o ser humano enquanto imagem do criador representa o senhorio de Deus, fazem com que seja nossa a tarefa de preservar”, pondera.

Essa confissão leva a humanidade a louvar a Deus, reconhecendo que somos suas criaturas, que todas as criaturas são interdependentes e recebem sustento do Criador, e que o mundo não nos pertence. “Portanto, os recursos da criação precisam ser compartilhados, inclusive com as futuras gerações de todos os seres vivos”, conclui Voigt.

Pegada ambiental – O professor Nelcio Lindner, naturalista e entusiasta da causa ambiental, apresentou aos participantes alguns momentos marcantes da passagem do ser humano pelo planeta. “Se resumirmos a história de 4,5 bilhões de anos do planeta em 365 dias, a humanidade aparece somente nos últimos segundos do último dia deste ano”, compara o professor. “E veja o estrago que já fizemos”, pontua. Num crescendo desde o homem das cavernas, passando pela revolução industrial até a era de consumo exacerbado da atualidade, Lindner traçou um dramático perfil da pegada ambiental da humanidade neste planeta, apontando também para suas graves consequências.

“Estamos precisando de mais de um planeta para existir”, emenda o pastor Clovis Horst Lindner, que falou em seguida. “De janeiro a agosto consumimos tudo o que a Terra é capaz de repor num ano; desde então estamos sacando do cheque especial, deixando a dívida ambiental para os nossos netos”, acrescenta.

“Aqui no Vale do Itajaí, desde o início da imigração levamos pouco mais de um século para acabar com 90% da cobertura florestal original”, resume o pastor. “As consequências ficaram bem evidentes nos recentes deslizamentos que mataram muitas pessoas, inclusive em nossas comunidades”, exemplifica.

Igreja ambiental – “Também como instituição-igreja deixamos uma forte pegada ambiental com as nossas atividades e instalações. Consumimos água e energia, e usamos os recursos naturais de diversas maneiras”, explica o pastor Wolfgang Schuerger, que apresentou com detalhes a ação do Galo Verde na Alemanha. “Todos estamos consumindo demais, inclusive a igreja”, exemplifica.

Isso obviamente é diferente na Alemanha e no Brasil, afirma Schuerger. Enquanto lá há um enorme consumo de energia com calefação, aqui isso se dá com o ar-condicionado, por exemplo. Mas há muitas outras marcas da existência da igreja sobre o meio ambiente.

Como podemos reduzir a nossa pegada ambiental como igreja? Esta pergunta movimentou o encontro durante toda a tarde, com densa contribuição dos participantes e encaminhamentos concretos da liderança no sentido de “encantar” as comunidades pelo Programa Ambiental Galo Verde.

Além de um passo-a-passo da implantação do programa nas comunidades, o desafio foi no sentido de multiplicar a ideia também no meio ecumênico. Ao todo, participaram cerca de 28 pessoas do seminário, que foram desafiadas a se tornarem multiplicadoras do programa em suas comunidades e igrejas.

(Fonte: Programa Ambiental Galo Verde)
 


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