Fui estrangeiro, e vocês me acolheram (Mt 25,35)
Neste ano o Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) foi celebrado diante de uma situação muito preocupante. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou que em 2015 o número total de deslocados forçados em todo o mundo, subiu para espantosos 59,9 milhões.
Em Joinville, atualmente, chegam muitas pessoas vindo do Haiti. Eles fugiram da fome e da violência decorrentes do terremoto de 2010 que destroçou ou país, agravando ainda mais a já difícil situação em que viviam. O Governo Federal do Brasil lhes concede vistos humanitários. Muitos dos imigrantes haitianos perderam tudo no terremoto. Eles chegam ao Brasil trazendo somente a esperança e a coragem de lutar por um futuro melhor.
Aqui, os imigrantes também enfrentam muitas dificuldades. Em Joinville e região algumas comunidades cristãs os estão ajudando. Essas comunidades testemunham num ato de amor ao próximo, que este às vezes é quem vem de longe.
Nestes projetos de comunidades e grupos sociais se percebeu que é preciso estruturar melhor os trabalhos. Acompanhado pelo Padre Lucas do Haiti, que trabalha como vigário na igreja católica do Bairro Itaum, várias igrejas, instituições sociais e movimentos se reuniram para organizar melhor o apoio e também reivindicar ao poder público que faça a sua parte para melhorar a situação dos haitianos e outros imigrantes na nossa cidade.
As entidades reunidas pediram uma Audiência Pública, que foi agendada para o dia 6 de agosto, 19h, na Câmara de Vereadores de Joinville, para falar sobre as seguintes necessidades:
1. Central de atendimento, acolhimento e encaminhamento para os imigrantes.
2. Aulas de Língua Portuguesa para adaptação ao idioma, juntamente com intérpretes.
3. Questões do trabalho para evitar a exploração dos haitianos e outros imigrantes.
Foram convidados para a Audiência, a Prefeitura de Joinville, o Consulado do Haiti, o Ministério da Educação, a Secretaria Municipal da Saúde, a Secretaria Municipal de Educação, a Associação Comercial Industrial de Joinville (Acij), a Gerência Regional de Educação (Gered), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Joinville), a Associação Comercial Ajorpeme e as igrejas.
Na mídia se fala que muitos haitianos estão vindo para o Brasil e Joinville. Aparentemente ninguém sabe quantos realmente são. Por isso, os grupos, que apoiam os imigrantes decidiram fazer um censo por meio de um Cadastro Único. Isso ajudará a esclarecer e melhorar concretamente a situação em Joinville. Através do Cadastro Único as pessoas com visto humanitário desfrutam dos benefícios da Assistência Social. Esse cadastro pode ser realizado junto ao CRAS (Centro de Referência em Atendimento Social) ou em uma das 53 Unidades Básica de Saúde da cidade.
Pedimos a todas as comunidades para divulgarem esta informação!
Para maiores informações entrem em contato com: Centro de Direitos Humanos: (47)3025-3447, cdh@terra.com.br
