Igreja e Sociedade



ID: 2797

Pronunciamento da FLM sobre a morte de Yasser Arafat

29/11/2004

O Presidente,Bispo Mark S. Hanson e o Secretário Geral, Rev. Dr. Ishmael Noko, da Federação Luterana Mundial emitiram um pronunciamento sobrea morte de Yasser Arafat, traduzido e divulgado aqui, na íntegra:

Yasser Arafat foi uma pessoa que será lembrada de formas radicalmente diferentes e muitas vezes contraditórias. Para muitos, ele personificava a luta palestinense por autodeterminação e independência, um lutador pela liberdade, um líder heróico, uma figura de pai. Para outros, ele era um inimigo implacável, um obstáculo para a paz. Para cristãos palestinenses, ele era quem dava forte apoio a seus direitos e liberdades religiosos, pessoa sempre atenta para o seu lugar e sua importância na Terra Santa. O tempo, provavelmente, não vai conciliar essas visões divergentes. Mas seja qual for o conceito que se possa ter de Yasser Arafat, sua morte tira de cena uma indiscutível figura-chave na paisagem política do Oriente Médio. Seu domínio de 40 anos na política palestinense sobreviveu sucessivas gerações de líderes em muitas outras partes do mundo. O breve momento de esperança, quando ele e o Primeiro Ministro Yitzak Rabin assinaram o acordo da Declaração de Princípios em Washington, em setembro de 1993, foi tragicamente obscurecido por uma onda de ataques e contra-ataques e um longo confinamento final na área restrita à Autoridade Palestinense em Ramallah.

A Morte de Yasser Arafat é um acontecimento sísmico na história palestinense e israelense, cujas conseqüências são imprevisíveis. Contudo, oportunidades bem como riscos invariavelmente acompanham tal mudança. Nesta nova fase da emaranhada história de israelenses e palestinos na Terra Santa, um novo e eficaz compromisso de lideranças de ambas as comunidades com o diálogo, em vez da violência, pode ainda trazer paz para uma terra arruinada por conflitos. Israelenses e palestinos, juntos, precisam encontrar um caminho para a paz – uma paz genuína, assegurada por justiça, por aceitação mútua e reconciliação. Precisam achar um caminho para romper o ciclo de violência mutuamente autodestrutiva. Ambos os povos compartilham uma terra, uma herança e uma promessa. Para os filhos de Abraão – israelenses e palestinos – não há alternativa à coexistência pacífica.

Oramos para que Deus solte dos corações humanos as garras do ódio, e que a paz venha a repousar sobre a terra natal de Cristo. Oramos para que israelenses e palestinos cooperem em favor da paz. Conclamamos as lideranças palestinenses e o governo de Israel para que aproveitem a oportunidade para uma mudança e para a retomada do diálogo. E apelamos ao Governo dos Estados Unidos da América, os outros membros do ‘Quarteto’ e todos os membros da comunidade internacional para que voltem a empenhar-se pela paz em Israel-Palestina e acompanhem estes povos e seus líderes no caminho para a paz.

Neste tempo de incertezas, rogamos pela Igreja Evangélica Luterana na Jordânia, seu bispo Munib Younan e todos os seus membros em Israel-Palestina. Oramos para que continuem sendo fortalecidos para o testemunho e a missão, para o seu papel de construir pontes e de promover a paz. E oramos pelo importante trabalho humanitário da Federação Luterana Mundial em Jerusalém e na Cisjordânia, para a equipe que o realiza e para as pessoas e as comunidades que são servidas.
 


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Hoje, tenho muito a fazer, portanto, hoje, vou precisar orar muito.
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