Igreja e Sociedade



ID: 2797

Pastora luterana recebe distinção por trabalho na área de Direitos Humanos

10/12/2008

Por ocasião do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de dezembro), a OAB do Pará, como faz todos os anos, homenageou uma pessoa que se destacou na defesa desses direitos, com o Prêmio José Carlos Castro. Neste ano, a premiada é a pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Rosa Marga Rothe.

Informado da notícia, o pastor presidente da IECLB, Walter Altmann expressou sua grande alegria pela homenagem. “A pastora Rosa Marga Rothe, ao longo de sua vida, tem dado significativos e corajosos testemunhos de solidariedade cristã com pessoas perseguidas e injustiçadas, bem como um comprometimento ecumênico que tem feito avançar a cooperação entre igrejas cristãs, movimentos religiosos e sociedade civil.

A pastora Rosa Marga Rothe nasceu na Alemanha, em 1º de junho de 1940, migrou com a família para o Brasil e, após duas décadas em Teófilo Otoni, Minas Gerais, fixou residência em Belém, onde se naturalizou (brasileira, paraense por opção). Estudou Teologia na Universidade Federal do Pará. É especialista e mestra em Antropologia Social.

Na IECLB, é fundadora da Paróquia de Confissão Luterana em Belém. Participou da criação da Pastoral Popular Luterana e vem contribuindo com iniciativas feministas.

Seu currículo na área da defesa dos direitos humanos é extenso. Fundou a Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos. De agosto 1981 a dezembro 1984, foi ativista no Movimento pela Libertação dos Presos do Araguaia, onde coordenou a comissão ecumênica. No Centro de Intercâmbio de Pesquisas e Estudos Econômicos e Sociais (CIPES) coordenou a equipe de Educação Popular, promovendo alfabetização de adultos (método Paulo Freire).

Também participou na criação do Instituto Universidade Popular, em 1987 onde atuou na educação para a cidadania, coordenando o Núcleo de Estudos Ecumênicos. Foi co-fundadora do Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs (CAIC) que, em 1998, iniciou o Curso Ecumênico de Teologia.

Foi presidente da Associação Amazônica de Ciências Humanas e da Religião de 2004 até dezembro de 2007, sócio-fundadora e conselheira de Koinonia com sede no Rio de Janeiro e a 1ª Ouvidora do Sistema Estadual de Segurança Pública do Pará, por indicação da Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), tendo concluído o quarto mandato em julho de 2005.

O grande movimento popular e sementeira do espírito ecumênico na região foi o Movimento Pela Libertação dos Presos do Araguaia (MLPA), que envolveu cristãos de diferentes tradições, unidos na luta por direitos universais e pela dignidade humana. A pastora Rosa Marga coordenou a coleta de mais de 50 mil assinaturas pela libertação dos 15 presos do Araguaia, estando entre eles dois padres franceses, Aristides Camio e Francisco Gouriuo, ambos enquadrados Lei de Segurança Nacional sob alegação do uso de textos subversivos – um dos quais era o Cântico de Maria.


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