Igreja e Sociedade



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Campanha incentiva mulheres a serem protagonistas de suas histórias

09/03/2015

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA) divulgou a queda em 10% da taxa de homicídios contra mulheres devido à efetividade da Lei Maria da Penha, mas apesar dessa redução, muitas mulheres ainda convivem com os traumas e o medo da violência. Com o objetivo de sensibilizar, despertar e encorajar mulheres de Igrejas que vivenciam essa situação a assumirem um papel protagonista na transformação de suas histórias de vida, a ONG Diaconia realiza, durante todo o mês de março, a Campanha “Eu Sou Mulher de Coragem: Eu Mudo a Minha História”.

A Campanha, que já está em sua terceira edição, pretende apoiar as Igrejas na reflexão sobre o seu potencial na defesa de direitos, através da promoção de espaços de reflexão sobre a autonomia e empoderamento das mulheres. Apesar de estarem nas comunidades de fé, muitas mulheres ainda desconhecem os serviços de proteção e acabam convivendo com o agressor e com a realidade de violência, incapazes de trilhar novos rumos (trabalhar, estudar, sair, conversar com as pessoas, denunciar de pedir ajuda). A violência muitas vezes ocorre dentro da própria casa, assumindo diversas formas - física, sexual, psicológica e econômica.

O Censo Demográfico de 2010 mostra que o rendimento médio mensal dos homens com carteira profissional assinada é de R$ 1.392,00, ao passo que as mulheres recebem cerca de 30% abaixo disso, atingindo R$ 938,00. Essa realidade de desigualdade deixou o Brasil atrás de 79 países num ranking de 146 nações elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A quantidade de mulheres no mercado de trabalho também é menor do que a quantidade de homens, o que pode demonstrar o impedimento de muitas mulheres de trabalharem, principalmente por parte dos companheiros.

A Campanha Eu Sou Mulher de Coragem acontece nos estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, contando com a parceria de 40 igrejas evangélicas e provocando as mulheres a tomarem uma atitude diante a própria história. Na programação, visitas a igrejas, reuniões com lideranças, distribuição de material educativo e de mobilização, com a finalidade de fazer das comunidades ambientes de encaminhamento de denúncias e de proteção.

Região Metropolitana do Recife - Após o lançamento na Igreja Presbiteriana do Cordeiro, na noite desta sexta-feira (06), diversas atividades apoiarão a campanha, como na Casa da Amizade e Seminário de Educadoras Cristãs (ligados à Convenção Batista de Pernambuco), palestras com mulheres do Exército de Salvação do Prado e da Torre, Igreja Congregacional da Tamarineira, Igreja Metodista do Cordeiro e Igreja Episcopal Anglicana (todas situadas no Recife), Igreja Batista de Maranguape I e Menonita do Janga, no município de Paulista, e Igreja Luterana (IECLB) em Gravatá, no Agreste do Estado. Um bate-papo interativo com mulheres funcionárias da Diaconia também acontece na tarde do dia 12.

Sertão do Pajeú - A campanha conta com o apoio de jovens e mulheres das Igrejas: Evangélica Livre, Presbiteriana, Batista Missionária e 1ª Igreja Batista em Afogados da Ingazeira, além de lideranças de comunidades dos municípios de Carnaíba, Tabira, São José do Egito e Santa Terezinha. A mobilização começou com um impacto na feira e no Hospital Regional de Afogados da Ingazeira, e inclui também uma oficina sobre violência contra a mulher através do mutirão ‘Chamados para Servir’, nos sítios Jatobá, Barreiros e Jardim, em Carnaíba.

Oeste Potiguar - Na região, a campanha conta com o apoio de jovens, mulheres e lideranças das Igrejas: Batista de Umarizal, Batista do Caminho, Igreja de Cristo, Presbiteriana, Batista Filadélfia, Ministério Casa de Adoração e lideranças comunitárias dos municípios de Umarizal, Caraúbas, Apodi e municípios do Alto Oeste.

Região Metropolitana de Fortaleza - A campanha trabalha a sensibilização das Igrejas com a metodologia “Nem Tão doce Lar” , desenvolvida pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), na Igreja Metodista Central de Fortaleza, às 18:30h. Um piquenique temático também discutirá o “Papel da Igreja frente à Violência contra a Mulher” na Praça Passeio Público, dia 14 (Sábado) pela manhã. Rodas de conversa também serão realizadas com grupos parceiros, como o Brilho da Lua, Criart, Rede de articulação REAJAN e a Câmara Temática de Criança e Adolescentes. A campanha culmina com o Seminário Justiça de Gênero nos dias 27 e 28, tendo a participação da palestrante Annete Roese, da Igreja Luterana, e Maria da Penha do IMP e Fórum Transformação.
 


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