Igreja e Sociedade



ID: 2797

AIDS e grupos religiosos: "partes do problema e da solução"

15/08/2006

A Conferência Internacional sobre Aids, que começou em 13 de agosto, em Toronto, oferece um espaço único e inédito para líderes e ativistas religiosos. Eles têm a responsabilidade de usá-lo para demonstrar que “os grupos de inspiração religiosa têm sido parte do problema, mas também são parte da solução”.

Quem o afirma é o co-presidente do comitê do Programa de Liderança da Conferência AIDS 2006 e membro do comitê executivo de Religiões pela Paz, o norueguês Gunnar Stalsett.

Ex-bispo de Oslo e ex-secretário geral da Federação Luterana Mundial, Stalsett participou do evento “Fé em ação: mantenhamos a promessa”, coordenado pela Aliança Ecumênica de Ação Mundial, que ocorreu de 11 a 13 de agosto, em Toronto, em preparação à Conferência AIDS 2006.

Stalsett pensa que o papel dos líderes e ativistas religiosos é o de desafiar e inspirar os líderes políticos. A Conferência AIDS 2006 acontece “num momento muito especial, marcado pela ansiedade e a esperança”. Seu tema – Tempo de cumprir – expressa “certa tristeza pela brecha entre o dito e o realmente feito”.

No entanto, disse Stalsett, a intervenção de líderes e ativistas religiosos não deve ser a de “envergonhar os líderes políticos pelo que não fizeram, mas trazer-lhes a pergunta: O que se precisa para alcançar aquilo que prometeram?” Ele acrescentou: “Nós não somos os únicos que representam fé e compromisso; também há pessoas de fé em outras posições e devemos ser seus interlocutores”.

Os grupos de inspiração religiosa contam com uma herança comum, que estende pontes através das divisões religiosas, afirmou Stalsett. O que agora se precisa é “cooperação, coordenação e unidade de propósito”. Porque “as pessoas que morrem de AIDS, nossas palavras não as ajudam, mas unicamente nossas ações”, disse.

Mas também se precisa outra coisa: “honestidade acerca das forças que impulsionam essa pandemia”. Os líderes religiosos experimentam certo desconforto ao falar sobre essas realidades, ao nomeá-las. Citando o secretário geral da ONU, Kofi Annan, Stalsett disse que na pandemia do HIV/Aids “trata-se de sexualidade, drogas, prostituição, homossexualidade, infidelidade, promiscuidade”.

Os que representam grupos religiosos “têm que usar essas palavras para mostrar que estão em contato com a realidade e ser escutados”, disse Stalsett. “Depois, certamente, têm direito a esperar que os políticos, técnicos e burocratas compreendam que se trata de um assunto espiritual, de ética e de valores”.

“Creio que é aqui que o encontro necessita ser fortalecido e onde nos necessitamos uns aos outros”, disse Stalsett.

Fonte: Juan Michel - ALC/EAA
 


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