Ano novo, vida nova, é o que dizem por aí nesta época. Depois que passa o dia 31 de dezembro, é hora de olhar para o futuro: novos planos, novas metas, promessas novas e, também, algumas nem tão novas assim. Nossas esperanças se renovam aguardando que os 365 dias do calendário, que ainda está completamente em branco, se preencham. Olhamos com expectativa para o futuro, e, claro, levamos conosco as experiências dos anos já vividos.
A IECLB, para o novo ano que se inicia, também traz uma reflexão que visa o futuro da Igreja: “Agora são outros 500”. Certamente, para o ano em que comemoramos o jubileu dos 500 anos da Reforma Luterana, a temática não poderia ser outra e, por isso, lembramo-nos das marcas deixadas pela Reforma em nosso jeito de ser Igreja. Essa herança nos motiva a continuar “sempre em Reforma”.
O principal objetivo é que a IECLB seja reconhecida, cada vez mais, como uma Igreja de comunidades atrativas, acolhedoras, inclusivas e missionárias. E nós, juventude da IECLB, como podemos contribuir para este objetivo? Durante o último Congresso Nacional da Juventude Evangélica refletimos, entre outras questões, acerca do que nos diferencia como JE. Ali, apareceram diversas ações e posturas que nos caracterizam positivamente e que acreditamos que podem contribuir no presente e no futuro da IECLB.
Entre vários aspectos, algo que aparece com muita força é a inclusão. Inclusão que vai além das pessoas jovens nos grupos de juventude. Mas que acolhe e inclui pessoas independentemente da idade, cor, etnia, crença, gênero, orientação sexual, classe social ou condição física. Aí, eu questiono: nossa comunidade está de portas abertas para essas pessoas? Nossas comunidades, nossos grupos e nós mesmos respeitamos o que é diferente? Lembrando que incluir significa dar ouvidos, dar voz, abrir caminhos e oferecer espaço para a vivência da fé cristã.
Como jovem da IECLB, posso afirmar que nós lutamos por uma Igreja mais inclusiva. Que esta seja uma de nossas marcas, enquanto juventude e pessoas luteranas, durante o ano que se inicia, durante a comemoração do jubileu dos 500 anos da Reforma Luterana. Afinal, ser uma Igreja de grupos e comunidades atrativas, acolhedoras, inclusivas e missionárias é estar sempre em reforma!
Martina Wrasse Scherer, coordenadora do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (CONAJE) e representante do Sínodo Centro-Campanha Sul
