A Fundação Luterana de Diaconia recebeu, no último mês, a assessoria do consultor Thomas Rebohle, da Alemanha. É minha última vinda à Fundação, e eu lamento, pois gosto muito deste trabalho, disse ele, durante sua visita. Ele veio pela primeira vez em 2001, dentro de um projeto desenvolvido entre a Fundação Luterana e Brot für die Welt (Pão para o Mundo). Quando a Fundação foi criada pela IECLB em 2000, se constatou que o sistema de gerenciamento financeiro da Igreja não era adequado para suas atividades. Assim, se desenvolveu outro formato e, a partir desta parceria com Brot für die Welt, eu tenho vindo uma vez por ano para assessorar o andamento do projeto, conta Rebohle.

Ele relata que está muito satisfeito com os resultados. Ainda no seu primeiro ano, com pouco tempo de existência, a Fundação Luterana já estava fazendo um bom trabalho, analisa. Os tempos da cooperação internacional mudaram. Os fundos têm diminuído muito; o bolo é menor e ao mesmo tempo o número de pessoas e ONGs que querem ter acesso aos recursos aumentou muito. Por isso, transparência é fundamental, e transparência implica em um novo tipo de gerenciamento financeiro, diz.

Pela característica do seu trabalho, Rebohle viaja por todo o mundo. Conheço muitas ONGs, mas para mim, o trabalho que a Fundação Luterana de Diaconia vem desenvolvendo é único. Sua equipe é extremamente qualificada e com alto nível de reflexão. Isso faz muita diferença. Para o consultor, a criação da Fundação foi uma boa idéia. Mas o vínculo entre a FLD e a IECLB não pode ser perdido, lembra ele, por uma questão de identidade. Uma precisa da outra.

Rebohle, que já viveu seis anos na América Latina, mora atualmente em Stuttgart, na Alemanha. Depois de trabalhar 15 anos na Fakt (uma entidade de consultoria financeira criada por igrejas protestantes alemãs), 10 dos quais como diretor, ele passa a ser autônomo no final do ano. É uma opção de vida. 

Fonte: Susanne Buchweitz