Cultura de Convivência



ID: 3192

Visita marca o último mês de um ano histórico para o CMI na América Latina

07/12/2006

“O compromisso das Igrejas com a superação da violência não deve se dar apenas em nível mundial, mas também junto nas relações entre pessoas”, declarou ontem, dia 5 de dezembro, o moderador do Conselho Mundial de Igrejas e Pastor Presidente da IECLB, Dr. Walter Altmann. Nesse dia, ele visitou a exposição Nem tão doce lar, no Mercado Público de Porto Alegre - RS, uma das iniciativas brasileiras e latino-americanas que integram a Década pela Superação da Violência promovida pelo CMI.  

P. Altmann ouve histórias sobre a exposição “É uma exposição que causa muito impacto e, estando especialmente neste local, no centro de Porto Alegre, possibilita que pessoas muito além das fronteiras da igreja tomem conhecimento e sejam sensibilizadas do assunto Violência Doméstica - que sabemos que não atinge apenas as mulheres, mas também as crianças, os idosos. Toda a família sofre”, confirmou Altmann.Os números não mentem. De acordo com a Sociedade Mundial de Vitimologia (Holanda), que pesquisou a violência doméstica em 138 mil mulheres de 54 países, 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas à violência doméstica. Mas de 40% das violências domésticas (no Brasil) resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, amarramentos, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos. A cada quatro minutos, uma mulher é agredida em seu próprio lar, por uma pessoa com quem mantém uma relação de afeto. As estatísticas disponíveis e os registros nas Delegacias Especializadas de Crimes contra a Mulher demonstram que 70% dos incidentes acontecem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou companheiro.Pesquisa do Ibope e Instituto Patrícia Galvão (2004 a 2006) também mostrou que a violência contra a mulher em casa é o item que mais preocupa as mulheres, mais ainda do que temas como câncer de mama, por exemplo.A exposição interativa Nem tão doce lar surgiu a partir da proposta alemã Rosentrasse, criada pela antropóloga Una Hombrecher com o apoio da agência Pão para o Mundo. A idéia é reproduzir o ambiente doméstico - há muitos segredos atrás de quatro paredes - onde as pessoas podem circular, abrir gavetas, mexer nos objetos, ler sobre dados da violência e descobrir “indícios” de que nem tudo, necessariamente, está bem.A partir de uma iniciativa da coordenada pela Fundação Luterana de Diaconia, a exposição foi transposta à realidade brasileira e montou-se um consórcio de grupos que trabalham diretamente com a questão da violência doméstica, violência contra a mulher, contra crianças e contra adolescentes.  

Integrada à Década pela Superação da Violência do Conselho Mundial de Igrejas - CMI - especialmente neste ano de 2006, quando a campanha está voltada à América Latina, a Nem tão doce lar é uma exposição itinerante que já foi montada em várias cidades, por diferentes grupos que lidam com a violência doméstica. “Mesmo que a Década não enfoque apenas um tipo de violência, sem dúvida a proposta da Nem tão doce lar é muito impactante. A forma como se apresenta, quando vemos objetos usados em casa e que podem ser transformados em arma e sofrimento, é muito interessante”, disse Dr. Altmann que, durante a visita, encontrou membros da IECLB vindos do Sínodo Brasil Central para visitar a exposição.“Sabemos que muitas mulheres e crianças e também os idosos ainda sofrem em silêncio. As Igrejas, através de Jesus Cristo, devem testemunhar em favor destes, pelo fim da violência. Penso que a Nem tão doce lar é uma forma criativa e aberta de tratar um assunto tão difícil e tão complicado”, finalizou.Qualquer comunidade ou grupo que tiver interesse em reproduzir a exposição Nem tão doce lar deve entrar em contato com a Fundação Luterana de Diaconia, 51 3225 9066, onde poderá obter maiores informações.


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