Uma das propostas da Campanha da Fraternidade de 2010 é que ela seja ecumênica. Para oficializar isso em Joinville, as igrejas realizaram uma celebração no dia 21 de fevereiro na Igreja da Paz , da Comunidade Evangélica de Joinville que se situa na Rua Princesa Isabel no centro. Na celebração havia lideranças eclesiais da Igreja Católica (ICAR) D. Irineu Roque Scherer , Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) Pr. Sinodal Manfredo Siegle e Capela da Benção, Estudante de Teologia Valerin Pacheco, juntamente com padres e pastores concelebrando.
Na celebração foi exposto o tema da Campanha: “Economia e Vida” e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, Mt 06,24.
Após a acolhida foi feito o rito de perdão onde passaram imagens sobre as misérias que ocorrem no mundo inteiro e o nosso pedido de perdão diante dessas misérias.
D. Irineu fez um breve histórico desde a primeira Campanha da Fraternidade que iniciou oficialmente em 1964 e divide ela em fases: na primeira fase a busca da renovação interna da igreja que tinha como tema “Igreja em Renovação” , a segunda fase em 1973 a preocupação com a realidade social do povo com o tema “Fraternidade e Libertação, a terceira fase em 1985 a igreja se volta para as situações existenciais do povo brasileiro e o tema “Fraternidade e Fome” uma opção pelos pobres. E em 2000 a quarta fase onde a igreja se direciona para a cooperação do trabalho ecumênico.
Nessa fase começa a história das Campanhas da Fraternidade Ecumênica o tema “Dignidade Humana e Paz”, em 2005 “Solidariedade e Paz” e 2010 “Economia e Vida”, sempre a cada cinco anos.
O Pr. Manfredo citou pontos pertinentes que devem ser o centro nessa Campanha: ficar atentos como igreja, nós é que somos seus primeiros ouvintes, rever e refletir o modelo de vida. Colocou em destaque o olhar crítico de Cristo em acumular bens e deixou alguns questionamentos: Quem e o que merece em nossa vida e na sociedade a nossa atenção? Que importância tem em nossa vida a lógica da política econômica? Podemos ou conseguimos viver sem a marca da preocupação? (a preocupação do ter, do individualismo). Até onde o nosso foco central é o Reino de Deus? O Pr. também menciona a importância de viver uma nova sociedade inspirada somente no Evangelho e no projeto de Jesus Cristo.
A CFE é uma forma de criar laços e unir forças em prol do bem comum. “Com esse objetivo em unir forças iniciando com a oração, após reflexão e ação sobre o sistema econômico vigente, especialmente tendo um olhar voltado a grande massa da população que é obrigada a viver em condições indignas de filhas e filhos de Deus. As igrejas sabem que o modelo econômico precisa de aperfeiçoamentos, mas e necessário uma conversão primeiro pessoal, e depois em conjunto, para manifestarem ao mundo o verdadeiro testemunho de comunhão inspirada na Trindade”, diz Lisete Freitas Vargas Ellmer, membro da Comissão Ecumênica.
Preparar uma celebração ecumênica envolve o trabalho em conjunto onde a amizade entre as igrejas é o maior exemplo e envolve todas as partes músicos celebrantes, organizadores, para que seja exemplo e testemunho vivo de unidade e uma experiência a ser vivida em todas as comunidades.
A UNIDADE é dirigida a todos como vemos Jesus Cristo pedindo aos discípulos em uma fervorosa prece ao Pai “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17,21)
Lizandra Carpes da Silveira
