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CMI e CONIC entregam Declaração Ecumênica a Pepe Vargas

02/09/2015

Como parte do roteiro de visitas da delegação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pela América do Sul, que incluiu também Argentina, Chile e Colômbia (saiba mais aqui), no Brasil, o secretário-geral do organismo, Olav Tveit, acompanhado do presidente e da secretária-geral do CONIC, respectivamente, dom Flávio Irala e Romi Bencke, se encontraram com o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas.

A reunião, realizada no dia 2 de setembro, bem às vésperas da Semana da Pátria, foi uma oportunidade para entregar ao ministro uma declaração ecumênica ampla, plural e de participação popular, com a manifestação de preocupação com os direitos humanos e com a paz, respeito e justiça. Também estava presente na reunião a presidenta do CMI para América Latina, reverenda Glória Ulloa.

Durante a audiência, o ministro falou dos avanços do Brasil após a Ditadura, do acesso público ao relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que está no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, e do trabalho da SDH na identificação das ossadas de possíveis desaparecidos políticos.

“É muito importante a organização de vocês terem essa histórica relação com os direitos humanos. O papel das igrejas foi fundamental na resistência da redemocratização do país no período ditatorial. Os direitos civis no país avançaram e discutimos espaços de memória e verdade”, disse o ministro.

O CMI repatriou, em 2011, mais de um milhão de páginas, em que perseguidos testemunharam as torturas sofridas no Brasil da Ditadura. Os documentos foram entregues ao então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Temas que envolvem a pauta de direitos humanos, como a intolerância religiosa, a perseguição aos povos indígenas, o fortalecimento da democracia, a redução da maioridade penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei do desarmamento e o Estatuto da Família também foram tratados.

O secretário-geral do CMI enfatizou que a agenda de direitos humanos é, atualmente, extremamente importante para o organismo, e que o Brasil tem influência nessa temática. “Estou contente de saber que toda a verdade não está sendo colocada embaixo do tapete e que caia no esquecimento. Saúdo que exista esta Secretaria. É preciso trabalhar a impunidade que também é questão central nas referências internacionais”, disse Olav.

Intolerância

Olav também falou do crescimento de uma onda fundamentalista que coloca em risco a diversidade das religiões e a liberdade de culto. “No brasil, nos preocupa identificar grupos religiosos que estão por trás dos ataques contra minorias religiosas. Esse é um problema real e que, infelizmente, vem crescendo”, afirmou.

Clique aqui para ler a Declaração na íntegra.

Com informações da SDH/PR
Foto: Cláudio Fachel
 

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Martim Lutero
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