Esta campanha é um chamado e um desafio a todos os cristãos, a todas as cristãs e a todas as ‘pessoas de boa vontade que se importam verdadeiramente com a dignidade e a construção da paz’. Na sociedade brasileira seu tema é ‘Dignidade Humana e Paz’ e seu lema, ‘Novo Milênio sem Exclusões’, desafiou o presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), reverendo Joaquim Beato, da Igreja Presbiteriana Unida, no lançamento da Campanha da Fraternidade em Brasília.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Chemello, ressaltou a importância do caráter ecumênico da Campanha com uma mensagem do papa João Paulo II. Nela, o sumo pontífice enfatiza que neste tempo litúrgico - a quaresma - há um apelo premente a fim de que todos os cristãos se unam em fraterna disponibilidade, para uma nova aurora de solidariedade e de respeito pela dignidade humana, que é a de filhos de Deus redimidos para Jesus, nosso irmão e redentor.

A Campanha aborda a questão da dignidade humana ferida em dois grandes blocos, explica o secretário executivo do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastor Ervino Schmidt. O primeiro bloco se preocupa com os porões da vida, onde irmãos nossos vivem não porque eles querem, mas porque lá foram jogados. São pessoas em trabalho escravo, em trabalho infantil, na prostituição infantil, de Norte a Sul do país. São segmentos da população que não têm onde morar e, às vezes, são parecidas com algo descartável. O segundo bloco da dignidade ferida está à vista, à luz do sol, e pode ser reconhecido no genocídio indígena, no descaso com o negro, com as mulheres oprimidas, na violência e desemprego.

(Notícias IECLB)