Comunidade sede do Concílio 2012

O trabalho comunitário em Chapecó
Inauguração do primeiro templo
Inauguração do novo templo
Templo atual em Chapecó - SC
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O município de Chapecó

Até fins do século XVII, o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná eram povoados por índios Guaranis. A partir de 1838, migrantes do Paraná e São Paulo, na maioria fazendeiros, passaram a se fixar na região onde hoje se encontra o município de Chapecó.

Nesta época a infraestrutura era inexistente. Não havia comércio, órgão públicos ou privados, nem demarcação das terras em forma de lotes ou estradas, o que foi possível somente em 1895 quando encerrada a disputa entre Brasil e Argentina pelas terras do oeste catarinense. Porém, não muito tempo depois, o oeste catarinense tornava-se palco de um novo conflito, agora, entre os estados de Santa Catarina e Paraná.

Conhecida como a guerra do Contestado, o conflito pela posse das terras de fronteira envolveu índios, caboclos, fazendeiros e empresas colonizadoras e durou quatro anos (1912-1916). Um ano após o fim do embate, em 25 de agosto de 1917 Santa Catarina incorporou um território de 28.000 km² e dividiu a área em quatro municípios: Mafra, Porto União (atual Joaçaba) e Passo dos Índios (atual Chapecó). Em 1939 o nome Chapecó é empregado para designar a Vila Passos dos Índios que abrigava a sede municipal.

A palavra Chapecó tem origem Kaigang com várias interpretações, sendo a mais difundida: “donde se avista o caminho da roça”. Neste ínterim, a empresa colonizadora Bertaso, incentivada pelo governo do estado, trouxe mais de oito mil famílias do Rio Grande do Sul, para Chapecó, na maioria ítalo-brasileiros. A partir daí, o comércio e a agricultura se expandiram, com ênfase para a produção de trigo e feijão.

No transcorrer da década de 40, a suinocultura passou a ser a principal atividade econômica para os pequenos produtores. A partir da década de 50, a economia da cidade se intensifica com o surgimento das primeiras agroindústrias, entre elas a Indústria e Comércio Chapecó (Saic) e a Indústria Comércio Marafon Ltda., atual Aurora, com o objetivo da industrialização e comercialização da produção de suínos. Isso provocou um grande crescimento populacional, pois as indústrias atraíram muitos migrantes à procura de emprego. Sendo assim, a população que era de 44.237 habitantes, em 1950 passou para 96.624 habitantes.

Além do crescimento industrial e comercial, houve um melhoramento nas estradas de rodagem. Em 1963, foi criada pelo Governo Estadual a Secretaria de Estado dos Negócios do Oeste, com o propósito de promover o crescimento no município, permitindo grandes investimentos na região, como na infraestrutura, construção de estradas, pontes, instalação de energia. Todo esse impulso desenvolvimentista fez com que Chapecó se tornasse polo de uma região com altas potencialidades e investimentos diversos. A implantação de diferentes indústrias em variados ramos (metal mecânico, plásticos, construção civil, seguros, manutenção, entre outros serviços), atividades na área administrativa, social, educativa e cultural promoveu um crescimento elevado da população, bem como da economia do município.

A Comunidade

Em 1940 já se ensaiavam os primeiros passos daquela que se tornaria mais tarde a Comunidade Evangélica em Chapecó. Neste ano, algumas famílias de confissão luterana, provenientes do Rio Grande do Sul, passaram a se reunir em suas casas para manterem viva a fé evangélica.

Anos mais tarde, em 14 de junho de 1960, com 15 famílias membro, constituía-se a Comunidade Evangélica em Chapecó, sendo então, atendida pelo pastor da Paróquia Evangélica em Palmitos. Em 1966, visando construir seu primeiro templo, foi comprado, a preço especial, um terreno no centro da cidade, na mesma ocasião, foi cedido pela Empresa Colonizadora Bertaso, outro terreno ao lado, oportunizando assim, a construção da casa pastoral. Em 18 de agosto de 1973, é criada a Paróquia Evangélica em Chapecó, sendo formada por Comunidades que se desmembraram da Paróquia Evangélica em Palmitos e Barra do Sarandi (atual Erechim).
Inauguração do primeiro templo.

Acompanhando o crescimento da cidade, em 1977, surgiu a necessidade de construir um novo templo, dado a limitação física do mesmo. Com poucos recursos, os membros da Comunidade, trabalharam incansavelmente, realizando promoções festivas, buscando doações, materiais de construção e disponibilizando mão de obra, para que a construção fosse concretizada, o que levou quatro anos.

Enfim, em 10 de maio de 1981 aconteceu a tão esperada inauguração do novo templo. O culto de inauguração teve animação especial do Conjunto Melodia e do coral de Chapecó. Após a celebração, um delicioso churrasco aguardava os membros, visitantes e autoridades presentes.

Nestes 52 anos de história da Comunidade Evangélica em Chapecó, não esquecendo a iniciativa e o esforço dos pioneiros na década de 40, vê-se que o espírito de união e dedicação permanece o mesmo. Atualmente a Comunidade conta com 1382 membros batizados, gente hospitaleira, que, com seus inúmeros dons, diariamente contribui, na Igreja e na sociedade em geral, testemunhando, assim, a Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo.

Desafios e metas

Muitos são os desafios da Paróquia Evangélica em Chapecó no oeste catarinense. Nas Comunidades com perfil rural (Maidana, Paial, Monte Carlo) as dificuldades enfrentadas dizem respeito ao êxodo rural, nas Comunidades em área urbana (Chapecó, Xanxerê) a preocupação com a juventude e as frentes de missão.

Nos últimos sete anos, houve muitas iniciativas missionárias na Comunidade Evangélica em Chapecó. Com a implantação do segundo campo de atividade ministerial, foram criados núcleos de estudos nos bairros da cidade, oportunizando assim, a criação de lideranças. Atualmente, com o auxilio do pastor Sinodal, estamos executando o planejamento estratégico e iniciando uma nova atividade, com caráter social, num dos bairros que mais crescem no município. Assim, esperamos, a médio prazo, criar uma nova Comunidade, haja vista que a distância até o centro da cidade é de 12km.


O XXVIII Concílio


A Comunidade Evangélica em Chapecó, em parceria com o Hotel Lang Palace, sente-se honrada em sediar o XXVIII Concílio Geral da IECLB. Sejam todos bem vindos(as)!


P. Felipe Pinto Pereira

Deus é um forno ardente repleto de amor, que abraça da terra aos céus.
Martim Lutero
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