Caros Membros e Amigos da nossa Paróquia!

As festas de final de ano geralmente são um momento onde as pessoas estão mais próximas e mais dispostas a aumentar a convivência umas com as outras. Isso ocorre no âmbito familiar, onde muitas vezes o Natal é um acontecimento que consegue reunir toda a família em comemoração. Também nas comunidades cristãs as celebrações pelo nascimento do Salvador costumam promover eventos que reúnem boa parte dos membros em comunhão e reflexão.

Porém a cena do nascimento de Cristo, tão difundida nos presépios natalinos pelo mundo afora, mostra que José e Maria passavam naquela época por uma situação bastante delicada. Ninguém os acolhia! Não havia lugar para eles. O único lugar em que foram acolhidos foi uma humilde estrebaria, junto dos animais.

Exemplos atuais de falta de acolhimento não faltam. Foi fato recorrente nos noticiários neste ano de 2016 os milhões de refugiados que arriscam suas vidas depois de expulsos de seu Pais de origem. Muitos morrem na tentativa desesperada de encontrar acolhimento em outro lugar. Não lhes resta outra alternativa.

A opinião pública nos países para onde os refugiados estão se dirigindo geralmente demonstra sérias restrições quanto ao seu acolhimento, motivada pelas grandes diferenças culturais que os divide. Não é fácil acolher quem é diferente!

Voltando agora o olhar para uma realidade bem mais próxima de nossa comunidade, podemos fazer a analogia e questionar: Nós como comunidade estamos abertos a acolher aqueles que estão desesperados e necessitam de refúgio, mesmo quando têm hábitos e costumes diferentes dos nossos?

Como membros da comunidade, qual é nossa forma de olhar e receber pessoas que procuram nossa igreja buscando abrigo para as adversidades do mundo que nos cerca? Olhamos de forma diferente para aqueles que têm cultura diferente da nossa?

O exemplo de Cristo nos mostra que devemos acolher aquele que nos é diferente e que por isso sofre preconceito e é desprezado. Como comunidade devemos iniciar o novo ano buscando incentivar cada vez mais o convívio entre irmãos em Cristo.

Seremos uma comunidade cada vez mais forte quanto mais tivermos capacidade de aceitar diferenças ao mesmo tempo que reforçamos aquilo que nos une, que é a fé em Cristo, que nos ensinou a amar o próximo como a nos mesmo.

Um abençoado 2017 a todos!

Christian Barg