Jornal Evangélico Luterano

Ano 2018 | número 816

Quarta-feira, 24 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 13:06

Diversidade

Participação com igualdade, liberdade e autonomia

Promover a participação de todas as pessoas com igualdade, liberdade e autonomia é um compromisso constante com o próprio Evangelho. Não há fundamento bíblico que legitime ações de exclusão. O apóstolo Paulo escreve que, na Igreja, não existe diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e pessoas livres, entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos em Cristo Jesus (Gl 3.28). Assim, Comunidade Cristã é aquela que acolhe, inclui, oferece lugar e valoriza todas as pessoas. Para que possamos incluir, precisamos oferecer acessibilidade.

Existem seis tipos de acessibilidade: arquitetônica, comunicacional, programática, metodológica, instrumental e atitudinal. Para uma pessoa com deficiência atuar no Ministério com Ordenação é necessário considerar esses tipos de acessibilidade, pois permitirão que a pessoa desenvolva as atividades ministeriais conforme as suas capacidades.

É importante lembrar que Deus capacita todas as pessoas com dons e todas são chamadas para exercer o seu papel de serem testemunhas da Boa Nova. Na figura de Moisés, temos um caso legítimo em que Deus escolhe uma pessoa com deficiência na fala para liderar o povo. Não apesar da deficiência, mas juntamente com ela. 

Na IECLB, o que é decisivo para ter acesso a cargos de liderança é aquilo que se considera essencial para tal função. Isto é a sua inserção, a sua participação na vida comunitária, capacidade de liderança e trabalho em equipe, entre outras. São essas características que tornam alguém elegível e não a sua condição física, sensorial, sexual ou outra característica.

O Guia da vida comunitária Nossa Fé-Nossa Vida diz: ‘O que é necessário para exercer uma função? Todo membro da Igreja que nela recebe uma tarefa específica, seja no Ministério Catequético, Diaconal, Missionário, Pastoral ou no serviço de Presbítero e Presbítera, deve estar consciente da sua vocação. É devidamente preparado para a sua função por meio de cursos, seminários e retiros realizados pelos responsáveis nos respectivos setores de trabalho’. Assim, o que vai determinar o ingresso de pessoas com deficiência no Ministério com Ordenação são a vocação e o preparo para a função.  

Para pessoas cegas ou pessoas com paraplegia atuarem no Ministério com Ordenação, precisamos refletir sobre o modelo de atuação ministerial e fazer adaptações ou mudanças. Uma das mudanças necessárias é em relação à locomoção da pessoa que atua no Ministério. Se ela não pode dirigir, fará uso de outros meios de transporte para bem atender a Comunidade.

Com acessibilidade, acolhimento, respeito, disposição para conviver e experimentar outras formas de atuação ministerial é possível um Ministro ou uma Ministra com deficiência exercer o seu Ministério na Comunidade ou instituição.

Diác. Carla Vilma Jandrey | Coordenadora de Diaconia e Programa Diaconia Inclusão da IECLB

 

PRONUNCIAMENTO

Inclusão da Pessoa com Deficiência

Como Igreja cristã: - reafirmamos que a Igreja é uma comunidade de pessoas com dons diferentes e que se complementam, - recordamos a urgência em assegurar acessibilidade arquitetônica e de comunicação em todos os espaços da Igreja, conforme moção aprovada pelo XXVII Concílio, - entendemos que a participação da Comunidade Cristã e o testemunho diaconal são de extrema importância nas organizações e nos Conselhos de Direitos das Pessoas com Deficiência, - recomendamos a utilização da terminologia Pessoa com Deficiência e - intercedemos a Deus para que nos transforme e que, assim como Deus, possamos olhar para o coração e com o coração, valorizando a pessoa como um ser integral, criado à imagem e semelhança de Deus, integrado à sua Criação, vivendo a sua paz.

Inclusão da Pessoa com Deficiência (2011)

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