Em agosto foram realizados 2 Seminários da Agricultura Familiar, nos municípios de Arabutã e Palmitos em Santa Catarina. Estes seminários tem por objetivo reunir agricultores e agricultoras interessados em conhecer a produção agroecológica, as experiências exitosas, bem como os seus desafios.
Neste ano o tema da Trofobiose foi apresentado e discutido pelos participantes, bem como a realização da Feirinha de Sementes e Mudas. Também foi realizada uma visita em uma propriedade no município de Palmitos, possibilitando vivenciar o contato com a natureza e a prática da agroecologia.
A Teoria da Trofobiose é considerada um dos “pilares” da Agricultura e tem uma ótima conexão com a produção agroecológica, pois exige a verdadeira nutrição das plantas através da adoção de técnicas agroecológicas como por exemplo, a adubação orgânica, a adubação verde, a rotação de culturas, a cobertura morta, as plantas companheiras,...
A palavra “trofobiose” significa existência da vida em função do alimento. Assim uma planta nutricionalmente sadia está menos suscetível às pragas e doenças do que uma planta desequilibrada nutricionalmente. Todo ser vivo só sobrevive se houver alimento disponível para ele. A planta será atacada se houver na seiva exatamente o alimento que os parasitas precisam.
Este conceito parece muito simples, mas é de extrema importância para a agricultura, seja ela agroecológica ou convencional, para entender que em um vegetal bem alimentado e manejado, os parasitas morrem de fome. As doenças e pragas são indicadores biológicos de mau manejo, são consequências e não causa. Todos os fatores que interferem no metabolismo da planta podem diminuir ou aumentar a sua resistência.
É importante destacar que a agroecologia tem impactos positivos na produção de alimentos, na diminuição da pobreza e na mitigação das mudanças climáticas.
Para maiores informações recomendamos a leitura do Manual do Solo Vivo: Solo Sadio, Planta Sadia, Ser Humano Sadio de Ana Primavesi e Plantas Doentes pelo Uso de Agrotóxicos – A Teoria da Trofobiose de Francis Chaboussou. Boa leitura!!
Ingrid Margarete Giesel
Engenheira Agrônoma e Coordenadora CAPA