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ID: 2660

Assembleia Legislativa do RS premia CAPA Santa Cruz do Sul/RS

05/12/2016

Prêmio Folha Verde - Assembleia Legislativa RS - Dezembro 2016
Prêmio Folha Verde - Assembleia Legislativa RS - Dezembro 2016
Prêmio Folha Verde - Assembleia Legislativa RS - Dezembro 2016
Prêmio Folha Verde - Assembleia Legislativa RS - Dezembro 2016
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Porto Alegre (RS) - Em solenidade no dia 5 de dezembro, no Teatro Dante Barone, em Porto Alegre, a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, premiou o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), núcleo de Santa Cruz do Sul, com o Prêmio Folha Verde. Outras 11 instituições e personalidades que também se destacaram em 2016, no segmento rural, foram agraciadas. O Folha Verde é conferido anualmente e é dividido em 12 categorias, entre as quais a da Agricultura Ecológica.

O deputado Adolfo Brito, presidente da comissão, falou da importância da premiação, salientando que esta é a primeira edição no qual são entregues 12 prêmios – até o ano passado eram dez –. Ele destacou a necessidade de se reconhecer a importância de agricultoras e agricultores e das organizações, à medida que o setor rural representa 45% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. “Muito obrigado a vocês, sintam-se homenageados, levem para casa o troféu e cuidem muito porque esse é um prêmio muito justo pela forma com que foi escolhido”.

A presidenta da Assembleia Legislativa, Silvana Covatti, também deu as boas–vindas aos agraciados e às famílias presentes. “Viver da terra é um sinônimo de ser brasileiro e, principalmente, de sermos gaúchos. Entre os agraciados que estão aqui, temos uma ampla gama de empresas e personalidades, o que dá uma ideia clara da amplitude do reconhecimento que fazemos e da contribuição de todos nesse processo de produção, prestigiando a quem trabalha, produz e tem garra de continuar na terra”, enfatizou a deputada.

O engenheiro agrônomo e coordenador do CAPA Santa Cruz do Sul, Sighard Hermany, discursou depois do ato de recebimento do prêmio. “A conquista deste prêmio representa o reconhecimento da importância da Agroecologia e da sua contribuição para a produção de alimentos mais limpos e saudáveis, pela agricultura familiar camponesa, indígena e quilombola, com respeito e diálogo com a natureza e com a promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional”.

O CAPA é um serviço criado pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), colocado a disposição das famílias agricultoras, indígenas e quilombolas, para junto com elas buscar alternativas de produção, geração de renda e desenvolvimento de espaços de vida digna e abundante. Tudo isso, baseado nos princípios da agroecologia, da cooperação, da educação e da promoção da saúde. “A instituição atua numa perspectiva ecumênica, sem distinção de crença religiosa, étnica, cor, raça ou política e atua com a promoção equidade de gênero e gerações, envolvendo o conjunto das famílias”, definiu Hermany.

Ganhou destaque em sua fala a constatação de que o Brasil continua sendo o campeão mundial no consumo de agrotóxicos, salientando a reportagem intitulada “Perigo no Prato”, veiculadas pela imprensa no decorrer dessa semana. As matérias tratam da contaminação dos alimentos por agrotóxicos, o que dialoga com a preocupação do CAPA com a qualidade dos alimentos. A campanha “Comida Boa na Mesa”, desenvolvida pelos cinco núcleos da organização no sul do Brasil e no triênio 2016-2018, alerta justamente para isso, já que têm por objetivo promover reflexões sobre a qualidade da comida, seu pleno acesso, a dignidade para quem produz o alimento e o papel da agricultura familiar.

O coordenador explicou que o prêmio é resultado de anos de convicção, dedicação e persistência em favor da promoção da Agroecologia, com a efetiva participação e protagonismo de agricultores, agricultoras, juventude rural e povos tradicionais que acreditam na agroecologia, a praticam e a adotam como um jeito de viver, assim como consumidoras e as consumidores que valorizam alimentos limpos e saudáveis produzidos pela agricultura familiar. “Este não é um prêmio só do CAPA, é resultante do somatório de ações e parcerias de muitas pessoas e organizações.

Hermany falou sobre a parceria com a Cooperativa Ecovale, responsável por fazer chegar alimentos orgânicos a consumidoras e consumidores, e com os mais 20 grupos de saúde comunitária, integrados por mulheres. Segundo ele, a premiação também deve ser partilhada as Escolas Família Agrícola de Santa Cruz do Sul e do Vale do Sol e, com o Colégio Teutônia, com os quais são desenvolvidas ações conjuntas, com jovens e crianças. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) também é parceira do CAPA, através do Curso de Comunicação Social, pelo qual recebem assessoria de imprensa.

Também citou os municípios de Vale do Sol, Candelária, Vera Cruz e Westfália, pelos convênios mantidos em relação ao desenvolvimento da agroecologia e promoção da saúde, com destaque para Vale do Sol, devido ao convênio mantido de forma ininterrupta desde a criação do município, e Vera Cruz, pioneiro no Vale do Rio Pardo, com inclusão de alimentos orgânicos da agricultura familiar na alimentação escolar, através de parceria com a cooperativa ECOVALE, já no ano de 2000.

O coordenador agradeceu ainda a parceria com as empresas Mercur e Ao Ponto, por incluírem produtos orgânicos, adquiridos da cooperativa Ecovale, na alimentação de 600 trabalhadoras e trabalhadores, com a Cooperativa de Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Educação Rural, do Movimento dos Pequenos Agricultores, com o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Cachoeira do Sul e de Novo Cabrais, com a FETAG, com a UERGS, com APL da Agroindústria Familiar e Alimentos, com alguns escritórios municipais da EMATER, com a Afubra, entre outros.

A expectativa do coordenador e dos outros integrantes do Capa é a de que o prêmio contribua para a abertura de portas e de espaços, especialmente junto às administrações públicas, em nível estadual, federal e municipal. “Nossa meta é o estabelecimento de parcerias e de repasse de recursos para organizações da sociedade civil com atuação histórica e reconhecida na promoção da Agroecologia”, declarou Hermany.

O coordenador foi aplaudido pelas pessoas presentes. Os integrantes da organização – técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, nutricionista, secretária –, além de representantes da EFASC, da Mercur e da Ao Ponto, estiveram na assembleia, acompanhando a premiação.

Os demais premiados na solenidade foram: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR (Agrícola), Laticínio Stefanello (Pecuário), Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra (Florestal), Cooperativa Vinícola Aurora (Cooperativas Agrícolas), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS – Fetag (Trabalhadores Rurais), Federação da Agricultura no RS – Farsul (Rural), Guatambu – Estância do Vinho (Propriedade Agropecuária Modelo), Jornalista Gisele Loeblein (Mídia Agrícola), Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (Desenvolvimento Agrário), Emater (Público Agropecuário) e Embutidos Hermes (Agricultura Familiar).


 


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