Ele morreu...

14/04/2017

Desde pequenos, aprendemos que JESUS morreu pelos nossos pecados. Na juventude, época de questionamentos, perguntamos: Mas, será que, de fato, é necessário alguém MORRER pelos nossos erros? Aparece um líder de juventude que explica: Era costume entre os judeus que sacrificar um cordeiro. O sangue derramado era o pagamento pelos pecados. Deus escolheu se expressar nessa linguagem religiosa conhecida pelo povo. Jesus, como judeu, assumiu o sacrifício. João Batista identificou-o de imediato, dizendo: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). E, o próprio Cristo deixa bem claro seu papel ao instituir a Ceia: Isso é o meu corpo e o meu sangue dado e derramado em favor de vocês (Mateus 26.26-28). A morte de Jesus se tornou mais compreensível. Quando fui estudar Teologia, a reflexão ficou ainda mais aguçada. Há uma interpretação econômica. Jesus andava na contramão do mundo. Ele questionou muitas atitudes (ou princípios) “supostamente” religiosas. Ele disse abertamente e agiu contra aqueles que faziam da Casa de Deus um negócio. Ou seja, usavam a fé para explorar o povo. Jesus foi contra o sistema econômico organizado em torno do templo. Literalmente, ele virou a mesa. Com certeza, hoje também viraria a mesa com aqueles que usam da religião para enriquecer. Ele causaria muita revolta, principalmente no meio das novas igrejas que vendem a fé. Não é de se estranhar a atitude de Jesus, pois foi bem claro, no Sermão do Monte, ao dizer que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6.24). Ou serve a Deus... Ou serve ao dinheiro... O que (ou quem) comanda a nossa vida? Onde está o nosso maior tesouro (Mateus 6.21)? O jovem rico ouviu o desafio e deu suas costas ao Messias (Marcos 10.17-22). Jesus foi “eliminado” na cruz, pois se colocou contra o sistema econômico vigente. Por ironia (para não dizer desgraça), o traidor recebeu 30 moedas de prata para entregar Jesus (Mateus 26.15), comprovando o quão facilmente trocamos nossa fé por algumas moedas. Afinal, quem (o quê) manda em nossa vida? O dinheiro está entre os muitos deuses deste mundo que querem dominar o nosso coração. Nessa categoria podemos colocar também a fama, o poder, a beleza, a inteligência, os vícios... No final das contas, suspeito que, volta e meia, nos deixamos levar por algum falso deus. Ninguém escapa, pois estamos todos debaixo do pecado. De fato, precisamos parar e entender... Jesus morreu por mim... Não sou inocente... Ele pode me tirar das garras desses falsos deuses, que levam à morte, trazendo VIDA NOVA (2 Coríntios 2.15), ABUNDANTE (João 10.10) e ETERNA (João 11.25-26). Jesus não morreu em vão. Jesus não morreu somente pelas pessoas de 2000 anos atrás. Ele morre hoje por ti e por mim, que mui facilmente nos entregamos às falsas promessas desse mundo. Não só morre, como ressuscita. Ou seja, há esperança para todos. Basta reconhecer e colocar Jesus no CENTRO, no CORAÇÃO, onde é o lugar dele. Sem Jesus nosso destino é certo... Morte aqui e morte eterna... Com Jesus, semeamos vida abundante aqui e aguardamos o encontro com nosso Criador na eternidade. Amém.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Coríntios II / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 15
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 41953
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Não somos nós que podemos preservar a Igreja, também não o foram os nossos ancestrais e a nossa posteridade também não o será, mas foi, é e será aquele que diz: Eu estou convosco até o fim do mundo (Mateus 28.20).
Martim Lutero
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