APRENDENDO A SER CONSTANTES: LUCAS 18.1-8

1ª Meditação

06/06/2017

Estamos iniciando uma caminhada de sete meditações sobre o tema constância escritas pelo P. Giberto Weber. Cada terça feira postaremos uma das meditações. Acompanhe e reflita sobre esta grande virtude.

1ª Meditação

Quero convidar você a refletir nesta semana sobre uma palavra que permeia toda a nossa vida. Digo que é uma das principais virtudes e sem ela desistimos de nossos sonhos, desistimos de projetos e sem ela nossa passagem por este mundo será um vexame, um fracasso. Esta palavra é Constância. Constância é o ato de realizar coisas de forma regular. Constância é começar as coisas e não desistir.

Constância é a atitude de continuar tentando mesmo quando está difícil. Bem apropriada ao nosso contexto brasileiro, onde as vezes dá vontade de desistir de ser honesto. Constância é manter-se estável. Não é nem ir rápido demais, nem parar bruscamente. Dizem que D. Pedro II tinha uma célebre frase: “Devagar, pois estou com pressa”.

Certa vez um rapaz viu um folder que oferecia aulas de violão. Ligou para o número indicado, marcou a primeira aula, correu para uma loja e comprou o violão mais caro da loja. De noite deitou com o violão e enquanto passava o dedo pelas cordas, ficou imaginando. Imaginou tocando lindas canções. De repente imaginou-se num enorme palco, tocando e cantando para multidões que o aplaudiam. Imaginou-se numa praia deserta, uma fogueira, tocando músicas românicas do Roberto Carlos para uma linda jovem, uma cena apaixonante. E assim o rapaz pegou no sono. No dia seguinte foi para a primeira aula. Muita expectativa. A professora então foi ensinar a primeira nota, um ré maior. Como era fácil ver ela fazendo a nota, porém quando teve que fazer foi uma tragédia. Os dedos não obedeciam e não iam para a corda certa. Precisava o tempo todo ajudar com a mão direita. As cordas pareciam que iriam cortar os dedos, doía a ponta dos dedos, doía o pulso, doía o pescoço. Enfim conseguiu fazer a nota ré, quando a professora disse: Agora faça um ritmo. E quando foi tentar fazer o ritmo com a mão direita, a esquerda já soltou as cordas. E naquela tentativa de fazer duas coisas ao mesmo tempo, percebeu que havia babado o braço do violão. Quanta dificuldade! O rapaz voltou para casa, colocou um anúncio no rádio: vende-se um violão. Nunca subiu num palco e nunca tocou uma música romântica para sua amada.

Acaso você é do tipo de pessoa que desiste facilmente de seus projetos? Talvez você se sinta culpado por começar e não conseguir terminar tantas coisas na vida? Por isso, a Palavra de Deus quer lhe animar a lutar contra a inconstância. Lutar contra este sentimento que quer fazer com que você desista dos seus sonhos, lutar contra esta voz que diz: Não vai dar certo, você não é capaz.

Tanto na vida profissional, familiar ou espiritual, se você não tiver constância, não vai conseguir avançar. Você não vai conseguir desenvolver os frutos do Espírito se não tiver constância. Não conseguirá ser sempre bondoso, ser sempre manso, ser sempre fiel, ter sempre domínio próprio, tudo isso não será possível se você não cultivar a constância. Você não é chamado a perdoar só de vez em quando. Você não é desafiado a ser bondoso só de vês em quando. Você não é convidado a ter paciência com as pessoas só de vez em quando. Por isso em tudo o que vocês fizerem na vida, vocês precisam desta disposição: ser constantes.

Como diz Ricardo Gondim: “A inconstância frustra as pessoas de boa vontade, embriaga o valente. Ela enferruja a vontade do herói e mata o gesto nobre. Conspira contra os corajosos, deprime os visionários, sepulta projetos gloriosos e atrasa o prêmio das conquistas. A inconstância é a mãe da preguiça, irmã da mediocridade e filha do medo”.

E o que seria de nós se Deus não fosse constante? Se a sua decisão de nos amar não fosse constante? Lamentações 3.22 e 23 nos diz “Graças ao grande amor do SENHOR é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã, grande é a Sua fidelidade”.

Ai de nós se Deus não tivesse constância. Ai de nós se Deus desistisse de nós. Estaríamos perdidos. Inspire-se hoje na constância de Deus, peça a Ele que lhe dê forças a fim de que você não desista dos desafios que a vida lhe apresenta. Amém.


Autor(a): P. Gilberto Weber
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 42546
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